PGR e PF cumprem mandados de prisão contra cúpula da PM do DF

Segundo a PGR, a cúpula da PM deixou de agir para impedir o vandalismo contra as sedes dos Três Poderes

Foto: Reprodução / TV Globo

A Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal cumprem, na manhã de sexta-feira (18), sete mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão contra integrantes e ex-integrantes da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal.

A Operação Incúria é resultado da denúncia que o Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da PGR, coordenado pelo subprocurador Carlos Frederico Santos, ofereceu nesta semana ao Supremo Tribunal Federal.

Segundo a PGR, a cúpula da PM deixou de agir para impedir o vandalismo contra as sedes dos Três Poderes em razão do alinhamento ideológico com os manifestantes golpistas. A PM diz que a Corregedoria acompanha o caso.

Os alvos são os oficiais:

  • Coronel Klepter Rosa Gonçalves (atual comandante-geral da PM do DF
  • Coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues;
  • Coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra;
  • Coronel Jorge Eduardo Naime;
  • Major Flávio Silvestre de Alencar;
  • Tenente Rafael Pereira Martins;
  • Coronel Fábio Augusto Vieira.

Todos são acusados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e por infringir a Lei Orgânica e o Regimento Interno da PM. Naime e Flávio Silvestre já estão presos.

Ao g1, a defesa do coronel Naime afirmou que recebe a operação com estranheza. “O Naime é inocente e vamos comprovar isso”, afirmou Gustavo Mascarenhas. A reportagem tenta contato com os demais citados.

Investigação

Ao longo de sete meses de investigação, a PGR descobriu que os PMs começaram a trocar mensagens com teor golpista e a difundir informações falsas antes do segundo turno das eleições presidenciais do ano passado.

A PGR verificou ainda que a PM do DF acompanhava as movimentações no acampamento golpista montado nos arredores do Quartel General do Exército, em Brasília.

Os procuradores têm indícios de que a cúpula da PM infiltrou agentes de inteligência entre esses manifestantes para obter informações. E que tinha plena consciência da magnitude e da gravidade dos atos que estavam sendo planejado para 8 de janeiro.

Os documentos e as trocas de mensagens obtidas pela PGR contrariam a versão apresentada pelos integrantes da cúpula da PM do DF, de que o sistema de inteligência do DF falhou ao não avisar a corporação sobre o risco de invasão dos prédios dos Três Poderes.

G1

Artigo anteriorAndré Ribeiro é recebido pelo vice-governador Lucas Ribeiro e discutem Campina Grande
Próximo artigoJoão Azevêdo recebe Fórum que reúne os partidos de esquerda em Campina Grande

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui