Deolane Bezerra é presa em operação da Polícia Civil de PE que investiga quadrilha de jogos ilegais e lavagem de dinheiro

Os agentes prenderam Deolane Bezerra e a mãe dela, Solange Bezerra, em um hotel no Centro do Recife

Foto: Reprodução

A Polícia Civil de Pernambuco prendeu a influenciadora digital Deolane Bezerra e a mãe dela em uma operação que investiga lavagem de dinheiro e jogos ilegais.

Os agentes prenderam Deolane Bezerra e a mãe dela, Solange Bezerra, em um hotel no Centro do Recife. Solange passou mal e precisou ser levada para um hospital. A irmã de Deolane comentou as prisões em uma rede social.

“A Polícia Civil do estado do Pernambuco cumpriu um mandado de prisão preventiva contra a minha irmã Deolane Bezerra e a minha mãe, Solange Alves. A Polícia de São Paulo, acompanhada de autoridades policiais do estado do Pernambuco também foram à casa da minha irmã aqui em São Paulo e apreenderam alguns objetos de valor. Dentre eles, relógios e dinheiro. Eu venho aqui falar para vocês que até o momento o que nós sabemos sobre isso e os advogados é que há um processo relacionado à empresa Esporte da Sorte. Mais uma vez, eu venho aqui pôr a minha cara a bater e falar que estamos sendo perseguidas e que vamos provar a nossa inocência custe o que custar”, afirmou a irmã de Deolane.

Foi a terceira fase da operação que começou no fim de 2022. A Polícia Civil de Pernambuco contou com o apoio da Interpol e das polícias Civil de São Paulo, do Paraná, da Paraíba, de Minas Gerais e de Goiás para cumprir 19 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão. A Justiça determinou ainda o bloqueio de bens dos suspeitos no valor de R$ 2,1 bilhões dos suspeitos.

Na operação realizada em seis estados, os agentes apreenderam passaportes, joias, dinheiro, carros de luxo e aviões. Uma das aeronaves estava em Jundiaí, em nome da empresa Balada Eventos e Produções, do cantor Gusttavo Lima. A polícia não deu detalhes do por quê o avião foi apreendido. O advogado da Balada Eventos afirmou que a aeronave foi vendida por meio de contrato de compra e venda, devidamente registrado junto ao RAB-ANAC, mas não disse quando.

A investigação, segundo a Polícia Civil, mira um grupo que usaria sites de apostas esportivas legalizados para lavar dinheiro de jogos ilegais.

“A organização criminosa, as várias células da organização criminosa também operavam no ramo de bets. Mas o básico, o crime de origem, a gente ressalta que dizem respeito a esses jogos que não são autorizados pela legislação brasileira. Então, as bets eram usadas pela organização criminosa também, além de outras empresas, na lavagem do dinheiro, desse dinheiro ilícito que era oriundo desse ramo ilegal de jogos”, diz Renato Rocha, chefe da Polícia Civil.

Em Campina Grande, na Paraíba, os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao empresário André Rocha. Ele é um dos donos da plataforma de apostas Vai de Bet. O advogado de André disse que não vai se pronunciar. A empresa Vai de Bet declarou que se coloca à disposição das autoridades e que recebeu com surpresa o mandado de busca e apreensão, uma vez que indicou endereços e contatos para contribuir com as investigações.

Os policiais também estiveram no apartamento do empresário Darwin Henrique Filho, um dos donos da plataforma de aposta online Esportes da Sorte, e apreenderam joias e documentos. O advogado de Darwin Henrique Filho afirmou que o empresário está viajando e, por isso, o mandado de prisão não foi cumprido. Ele afirmou ainda que o cliente sempre esteve à disposição da polícia.

“A gente já se colocou à disposição da autoridade policial há mais de um ano e meio. Então, a gente acha estranho que medidas tão gravosas como mandado de prisão, mandado de busca e apreensão, quando a gente desde o início da investigação vem cooperando com a polícia”, declarou Pedro Avelino, advogado de Darwin Henrique.

O Esportes da Sorte disse que ratifica o compromisso com a verdade, com o jogo responsável e, principalmente, com o cumprimento de todos os seus deveres legais; que atua sempre com muita transparência e lamenta estar sem acesso aos autos.

Como Deolane Bezerra é advogada, ela prestou depoimento à polícia acompanhada por um representante da Ordem dos Advogados do Brasil. Deolane afirmou que teve um contrato de publicidade já encerrado com a empresa de apostas Esporte da Sorte, e que não teve envolvimento com lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores provenientes de crime.

No início da tarde desta quarta-feira (4), a influenciadora publicou uma carta nas redes sociais. Disse que está sofrendo uma grande injustiça, que não pratica e nunca praticou crimes. A defesa dela e da mãe afirmou que Deolane tem plena confiança na Justiça e que ela permanece à disposição para colaborar com as autoridades competentes, de modo a esclarecer todos os fatos.

A influenciadora digital fez exame de corpo de delito e em seguida foi levada para um presídio feminino no Recife.

Até o fim da noite, a Polícia Civil de Pernambuco não tinha dado detalhes sobre a operação, a ligação de Deolane com as investigações e nem o nome de todos os presos porque nem todos os mandados tinham sido cumpridos.

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