A Câmara Municipal de Campina Grande realizou, nesta terça-feira (07), a 89ª Sessão Ordinária, sob a presidência do vereador Saulo Germano e secretariada por Rafafá. A pauta da sessão reuniu debates no pequeno e grande expediente, com destaque para temas relacionados à saúde pública, ao trânsito do município e a questões de repercussão internacional, como o conflito envolvendo Israel e a guerra no Oriente Médio.
Abrindo o pequeno expediente, o vereador Rostand PB abordou a situação dos radares e semáforos instalados na cidade, destacando que elaborou um projeto de lei para regulamentar o horário de funcionamento dos equipamentos que registram infrações. Segundo o parlamentar, os motoristas são multados após as 23h e a sua proposta apresentada prevê que, entre 22h30 e 5h da manhã, os semáforos com radares permitam a passagem sem registro de multa. Rostand solicitou à STTP que avalie o tema e adote as medidas necessárias para garantir o cumprimento da norma proposta.
A vereadora Aninha Cardoso tratou sobre as suplementações orçamentárias encaminhadas pelo Executivo e a urgência solicitada para votação dos projetos. Em sua fala, questionou o destino dos recursos, ressaltando que, apesar da celeridade na aprovação das matérias, os servidores municipais continuam sem receber seus salários atrasados. A parlamentar demonstrou preocupação com a retirada de mais de 60 milhões de reais da Secretaria de Obras e, ao mencionar declarações recentes do médico Dr. Dalton Gadelha em entrevista, afirmou ser necessário que a Câmara adote providências, inclusive com a possibilidade de instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a aplicação dos recursos públicos.
Complementando o tema, o vereador Olímpio Oliveira declarou que subscreve o pedido para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) a fim de apurar a aplicação dos recursos municipais. O parlamentar destacou ainda que as subvenções sociais permanecem sem pagamento, acumulando atrasos de aproximadamente cinco meses. Olímpio também criticou o caráter de urgência na votação das suplementações orçamentárias, observando que, apesar da rapidez na aprovação, os problemas apresentados como justificativa para a liberação dos recursos continuam sem solução efetiva.
O vereador Frank Alves encerrou o pequeno expediente parabenizando o Hospital da FAP pela campanha alusiva ao Outubro Rosa, voltada à prevenção do câncer de mama. Ele destacou a importância da iniciativa, que está disponibilizando mamografias gratuitas às mulheres, e reforçou o convite para que o público feminino procure a instituição nos dias 9 e 10 de outubro. O parlamentar ressaltou que o melhor caminho é a prevenção e defendeu que políticas públicas de saúde voltadas à mulher sejam ampliadas e mantidas durante todo o ano.
No grande expediente, o vereador Wellington Cobra apresentou denúncias relacionadas à saúde pública do município. Entre as situações relatadas, mencionou a compra de cânulas por pacientes para realização de procedimentos, a demora nos atendimentos da UPA Dinamérica e casos em que, segundo o parlamentar, o profissional responsável pelo raio-X teria atrasado o serviço por estar gravando vídeos para redes sociais. O vereador também apontou que houve encaminhamento de medicação antes da realização de exames, classificando a situação como preocupante, e afirmou que a Câmara tem aprovado suplementações orçamentárias destinadas à saúde, esperando que os recursos sejam aplicados de forma efetiva para resolver os problemas relatados. Por fim, cobrou a regularização dos salários atrasados dos servidores municipais, enfatizando a necessidade de valorização dos profissionais da área.
O vereador Alexandre Pereira utilizou o grande expediente para comentar a situação envolvendo Israel e a guerra no Oriente Médio, posicionando-se em defesa do Estado de Israel. Ele relembrou o episódio ocorrido em 7 de outubro de 2023, quando o grupo Hamas invadiu um evento de música eletrônica e cometeu ataques que resultaram na morte de crianças, mulheres, idosos, homens e soldados, além do sequestro de centenas de reféns. O parlamentar criticou o posicionamento do governo federal, afirmando que o país tem se colocado em defesa de um grupo terrorista, e destacou a relevância tecnológica e econômica de Israel, alertando que o rompimento de vínculos diplomáticos poderá trazer prejuízos para outras nações. Alexandre acrescentou ainda que não votará a favor de títulos de cidadania ou medalhas de honra ao mérito a pessoas que defendam pautas às quais é contrário, como o apoio a grupos terroristas, a legalização das drogas e o aborto.
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DIVICOM/CMCG