O governo federal decidiu zerar o imposto de importação sobre carne, café, milho e outros produtos para tentar reduzir a inflação de alimentos.
Ministros e empresários do setor de alimentos passaram o dia reunidos em Brasília. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não participou; enviou representante.
Alimentação e bebidas foram os itens que mais pesaram sobre a inflação de 2024. Apesar da desaceleração em janeiro, registraram alta de 0,96%, quinto mês consecutivo de aumento.
No início da noite desta quinta-feira (6), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, anunciou um conjunto de medidas. Vão ser zeradas as tarifas de importação para carne, café, açúcar, milho, azeite de oliva, óleo de girassol, sardinha, biscoitos e massas. A redução das tarifas ainda precisa ser aprovada pela Câmara de Comércio Exterior. Segundo Alckmin, a medida deve entrar em vigor nos próximos dias, mas o governo ainda não tem uma estimativa de impacto nos preços:
“É difícil você, matematicamente para cada item, você explicitar. Agora, são todas medidas para reduzir preço. Todas medidas para favorecer o cidadão, a cidadã, para que ele possa manter o seu poder de compra, para que ele possa ter sua cesta básica com preço melhor. E isso também acaba estimulando o setor produtivo e o comércio”.
O governo também quer discutir com governadores a isenção do ICMS – imposto estadual que incide sobre alguns itens da cesta básica – esses itens já têm os impostos federais zerados -, e pretende acelerar o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem, processo que permite que produtos como leite, mel, ovos e carnes inspecionados em municípios e estados possam ser vendidos em todo o país. Além de fortalecer os estoques públicos de alimentos para ajudar a segurar a alta de preços em momentos críticos.
G1