No dia da posse dos vereadores, a jornalista e ativista Waléria Assunção fez questão de subir a tribuna e relembrar o dia em que criticou a gestão de Bruno Cunha Lima sobre promessas não cumpridas a causa animal. Sua reinvindicação custou seu emprego, no entanto, naquela época não imaginava que também lhe daria um mandato de vereadora.
Em entrevista a rádio Shallon nesta sexta-feira (12), a jornalista explicou que foi a partir daquele dia, na tribuna, em que fez duras críticas ao pefeito de Campina, que sua história foi reescrita.
“Foi a partir de um depoimento meu, de uma fala minha, como ativista, como protetora, como militante da causa animal, em uma sessão sobre a causa animal de Campina Grande, que no dia seguinte, gerou minha demissão. Houve toda uma repercussão da fala, que teve conotações políticas, que a partir daquele momento, minha vida virou de ponta cabeça.”
E virou mesmo, Waléria foi convida a se candidatar a vereadora pelo PSB e segundo ela, após muito refletir, saiu candidata. Surpreendeu a todos, ganhou com uma votação expressiva de 3.446 votos, ficando em terceiro lugar no partido.
“A justiça não foi feita comigo, Waléria Assunção, a justiça foi feita com a causa animal que foi tão renegada e talvez eu tenha sido usada, paguei o preço e Deus fez a justiça”.
A ativista completou dizendo que Bruno foi um prefeito que prometeu tudo e não entregou nada, inclusive na causa animal. Que o próprio teria dito que 2023 seria o ano da causa animal. Que sentou com ela para discutir demandas e problemas da causa na cidade, mas não passaram de falácias.
A vereadora pontuou problemas que se arrastam há anos como a reforma das zoonoses, um hospital veterinário, local de acolhimento para animais abandonados, apoio as ONGs, recolhimento de animais de grande porte, entre outros.
Waléria ainda falou que mais que nunca irá usar o microfone, agora na tribuna, para continuar a luta de tantos animais que precisam do poder público. Do que depende dela, irá fiscalizar, propor leis, buscar emendas estaduais e federais para defender a bandeira que a levou a Câmara, mas também sempre estará disponível para outras pautas, se o pleito for justo, o cidadão lhe pedir, ela usará sua voz e seu mandato.