Nas últimas entrevistas com o Senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), quando se fala da política local e desse imbróglio entre o deputado Romero Rodrigues (Podemos) e o prefeito Bruno Cunha Lima (UB), percebe-se que um dos principais aliados do prefeito de Campina Grande já está sem paciência para o assunto.
Veneziano já chamou a situação de lenga-lenga, de novela mexicana, que o assunto é enfadonho, insinuou que a indefinição é prejudicial para o grupo e até que, se Bruno esperar o posicionamento do ex-prefeito, que só deve acontecer em agosto, à eleição do atual gestor pode estar perdida.
Como um político mais experiente, o senador não se furta de ser mais direto, alfineta Romero e tenta despertar em Bruno o embate politico da possível ruptura, que para muitos já aconteceu, só falta o anúncio. Para o senador, a indefinição só tem favorecido a um lado e não é do atual prefeito.
Essa inquietação do senador há motivo. Veneziano está pensando e 2026, precisa da aliança com a prefeitura de Campina Grande, dos apoios, para sua reeleição para o senado. Sem Bruno na cadeira do Palácio do Bispo o caminho fica mais estreito.
Não se pode negar que o senador tem sido um aliado não apenas de Bruno, mas da cidade. O parlamentar tem ajudado com emendas e mediado empréstimos em prol da Rainha da Borborema, mas dificilmente seu capital político na cidade é suficiente para levar Bruno à vitória, caso Romero Rodrigues confirme sua pré-candidatura à prefeitura de Campina.
Além do silêncio do ex-prefeito sobre seu apoio ao gestor municipal, a popularidade do Cunha Lima não cresce e, não apenas o Vital do Rêgo, como boa parte dos aliados sabem a complexidade que será a reeleição de Bruno, caso Romero saia adversário do grupo.
Do jeito que o cenário está se desenhando, Veneziano precisará trabalhar dobrado em suas bases fora de Campina, para garantir nas eleições de 2026 sua volta ao Senado.