O 45° desfile do Galo da Madrugada, com o tema “Reginaldo Rossi no Reinado do Frevo”, será uma homenagem ao Rei do Brega no Carnaval de Recife em 2024.
Durante uma coletiva de imprensa realizada na manhã de terça-feira, 22 de agosto, foram revelados os detalhes desse próximo desfile do maior bloco do mundo, que ocorrerá, como é tradição, no Sábado de Zé Pereira, em 10 de fevereiro.
Cada um dos 30 trios elétricos do Galo da Madrugada receberá o nome de uma música do cantor recifense, que teria completado 80 anos em 2023, caso estivesse vivo.
“É, de fato, um verdadeiro rei que merece todas as homenagens, também, do frevo, majestade do carnaval pernambucano”, explica Rômulo Meneses, presidente do Galo.
O filho de Reginaldo, Roberto Rossi, garantiu que, se estivesse vivo, o rei da música brega seria só gratidão pelo reconhecimento e homenagem vindos do maior bloco do mundo.
“Meu pai era fá da nossa cultura, da diversidade cultural de Pernambuco. E ele bebeu muito dela, fã de Gonzaga, dos bregas contemporâneos a ele e dos que surgiram muito por sua influência”, disse.
Em 2023, o bloco concentrou 2,5 milhões de foliões, segundo a diretoria, e pretende, no próximo ano, torná-lo ainda mais forte, por meio da promoção de um intercâmbio cultural entre artistas do brega e do frevo.
“Será um belo espetáculo à altura da grandeza do Rei Reginaldo Rossi. E quem ganha com tudo isso é o folião e a cultura pernambucana”, garante Rômulo.
Fundado em 1978 com o intuito de trazer de volta às ruas do Recife as tradições do carnaval de rua, o Galo da Madrugada já homenageou, ao longo dos seus 45 anos de existência e 44 desfiles, personalidades pernambucanas como Luiz Gonzaga, Ariano Suassuna, Carlos Fernando, Chico Science, Alceu Valença, Jota Michiles, J. Borges, Enéas Freire, Ary Nóbrega, Claudionor Germano, entre outros.
Vida e obra de Reginaldo Rossi
Reginaldo Rossi nasceu em 14 de fevereiro de 1943, no Recife. Antes de iniciar a carreira artística, foi professor de matemática e estudante de engenharia. Foi por volta de 1964 que se encantou pelo mundo da música.
Começou cantando rock, com inflûencia de Elvis Presley e Beatles. Comandou o grupo de rock The Silver e Jets, integrando-se, depois, à Jovem Guarda.
A primeira gravação de Rossi foi O Pão, nome do seu primeiro disco, lançado em 1965. O sucesso veio com Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme, regravada por vários artistas.
Mas, nos anos 70, Reginaldo saiu da cena roqueira jovem e dedicou-se ao repertório popular e reconhecidamente brega, fazendo imenso sucesso no Nordeste. E foi através desse estilo, o brega romântico, que ele ficou e manteve-se nacionalmente conhecido. Algumas de suas canções mais famosas são A Raposa e As Uvas, Garçom e Leviana.
O artista faleceu em dezembro de 2013, vítima de um câncer de pulmão.
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