A crescente digitalização do sistema financeiro tem causado impacto direto e negativo nos empregos da categoria bancária. De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), desde 1990, o número de bancários diminuiu quase pela metade, caindo de 800 mil para 442 mil em 2021.
Para se ter ideia, a categoria bancária, que antes representava a maioria dos trabalhadores do setor financeiro, encolheu drasticamente ao longo dos anos. Em 1990, respondia por 95% dos trabalhadores, já em 2021 o índice despencou para 43%.
Além disto, segundo dados do Dieese, o número de agências físicas também sofreu redução acentuada, de 23 mil em 2015 para pouco mais de 17 mil em 2022, queda de 22,5%. Por outro lado, no ano passado, o investimento do setor bancário atingiu a marca de R$ 34,9 bilhões, crescimento de 18% em relação a 2021, quando foram investidos R$ 19,8 bilhões.
Os bancos têm usado e abusado do avanço tecnológico para reduzir custos, eliminar postos de trabalho e o atendimento humanizado para os clientes, sobretudo os mais pobres. Vale lembrar que nem todo mundo tem acesso aos serviços online.
Não à toa, as empresas têm ampliado as demissões em massa para aumentar os lucros, que já são escandalosos. Esta realidade é reflexo do sistema capitalista e da política neoliberal, que adoecem e desestabilizam a classe trabalhadora.
Fonte:Contraf-CUT