Câmara aprova por 372 votos a 108 o texto-base do arcabouço fiscal. PSOL votou contra

Texto-base mantém dispositivo de que despesas do governo só podem crescer até 70% do crescimento das receitas.

Foto: Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados aprovou na nite desta terça-feira (23), o texto-base do novo regime fiscal para as contas da União a fim de substituir o atual teto de gastos. A proposta foi aprovada por 372 votos a 108, na forma do parecer do relator, deputado Claudio Cajado (PP-BA).

Os deputados ainda precisam analisar destaques que podem alterar pontos do texto. A votação será retomada nesta quarta-feira (24), a partir das 13h55.

O placar foi de 372 votos a favor, 108 contra e 1 abstenção. A bancada do PSOL, partido que compõe a base do governo e conta com 12 deputados, votou integralmente contra o projeto. No PL, de Jair Bolsonaro, 30 dos 90 votos foram favoráveis à proposta.

Também foi votado um dos destaques, da Federação Psol-Rede, que pretendia retirar do texto o capítulo que trata das vedações de gastos impostas ao governo se a meta de resultado primário não for cumprida. A proposta foi rejeitada

O arcabouço é mais flexível. Em linhas gerais, atrela o crescimento das despesas ao crescimento das receitas. Com isso, o governo tenta aumentar o poder de investimento sem comprometer as contas públicas.

O mecanismo central do arcabouço é:

  • o crescimento dos gastos públicos fica limitado a 70% do crescimento da arrecadação do governo (exemplo: se a arrecadação subir 2%, a despesa poderá aumentar até 1,4%);
  • mesmo que arrecadação do governo cresça muito, será necessário respeitar um intervalo fixo no crescimento real dos gastos, variando entre 0,6% e 2,5%, desconsiderando a inflação do período.

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