Por mais que persista o descaso da gestão municipal, os servidores da Saúde de Campina Grande seguem incansáveis na luta pelos seus direitos e realizaram mais uma mobilização, na manhã desta sexta-feira, 08, no pátio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O ato integrou o calendário de paralisações semanais de dois dias, aprovado em assembleia da categoria no dia 30 de agosto. No próximo dia 13, acontecerá assembleia virtual decisiva, de avaliação e encaminhamentos, a partir das 14h30.
Conforme destacou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e Borborema (Sintab), Giovanni Freire, não há diálogo com a categoria por parte do novo secretário de Saúde, Gilney Porto.
“Não houve diálogo nenhum por parte do atual secretário. Vejam vocês que semana passada teve unidade de saúde que não tinha máscara para os profissionais e não é a primeira vez que denunciamos isso aqui. A nossa pauta aqui é extensa, os Planos de Cargos não cumpridos, as progressões não pagas. São servidores que estão há mais de quatro anos sem reajuste salarial. Não se garante o mínimo mas querem cobrar o máximo, portanto a gente não vai desistir”, ressaltou.
O diretor de Política e Formação do Sintab, Franklyn Ikaz, também lembrou que a pauta reprimida é antiga.
“Enquanto estiverem nos atacando nós lutaremos pelos nossos direitos! Entra prefeito sai prefeito e os problemas continuam os mesmos, porque não têm interesse de resolver, eles decidiram pelo não, decidiram que querem condenar não só os servidores, mas a população que tem nos serviços públicos sua única chance de viver”, afirmou.
Assim também reforçou o diretor de Comunicação, Napoleão Maracajá.
“É a mesma pauta de dias atrás, de anos atrás, pasmem, sem nenhuma resolutividade, não se faz sequer o trivial, trabalhadores concursados que prestam um bom serviço mesmo faltando os insumos essenciais”, comentou.
Uma usuária do serviço público de saúde, que será identificada apenas como Socorro, pediu a palavra, para também denunciar a precariedade do serviço.
“Eu moro na liberdade e tem um posto que quando eu vou lá para pedir um exame passa três quatro meses, não tem remédio, não tem nada, a gente não é obrigado a aguentar isso”, disse.
Essa realidade de descaso, que afeta a própria dignidade e coloca vidas em risco, foi denunciada ainda pelos próprios servidores, caso da agente comunitária de saúde (ACS) Ivone Agra.