Servidores de todas as categorias do município de Campina Grande ocuparam a Praça da Bandeira na manhã desta quarta-feira, 11, para cobrar o reajuste da data-base, que vem sendo descumprido há mais de 4 anos pela gestão.
A mobilização com paralisação deu início às ações da campanha pela recomposição salarial destes trabalhadores, aprovada em assembleia realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e Borborema (Sintab) no dia 25 de abril.
Também há indicativo de greve geral, por tempo indeterminado, a partir de 1º de junho, caso não haja resposta da Prefeitura sobre a regularização destas perdas salariais.
O índice de reajuste definido para a data-base em assembleia foi de 25%, mas alémda campanha pela recomposição salarial, a pauta dos servidores de Campina inclui vários outros problemas, antigos e também ignorados pelo governo municipal, como
destacou o presidente Giovanni Freire na abertura da manifestação desta quarta.
“Hoje é dia de paralisação, em defesa da nossa data-base, que é no mês de maio, como diz a lei municipal e há mais de 4 anos o governo não concede reajuste. Mas além de não conceder o reajuste, a Prefeitura não cumpre os planos de cargos da educação, não há encaminhamento das progressões dos servidores da saúde …
Por isso hoje nós estamos aqui em praça pública mais uma vez, também pelas condições de trabalho que são encontradas pela população nas unidades escolares, nas unidades de saúde, condições precárias que levam ao adoecimento dos trabalhadores e da população”, detalhou.
O diretor de Comunicação do sindicato, Napoleão Maracajá, também criticou a gestão pelo desrespeito com os servidores públicos da cidade. “Já estamos em meados do mês de maio, que é o histórico mês da data-base dos servidores, que é uma lei que existe desde os anos noventa, pela qual todos os anos o prefeito de plantão deve dialogar com o servidores não apenas sobre reajuste de salário, mas sobre condições de trabalho e sendo assim estará também atendendo a população.
Ao negar os direitos aos servidores, a Prefeitura nega e despreza toda a população”, afirmou. O descaso da gestão com os direitos dos servidores e da população também foi lembrado pelo diretor de Política e Formação do Sintab, Franklyn Ikaz. “A população não consegue marcar um exame, marcar uma consulta, pegar um remédio numa unidade básica, a omissão política causa mortes e aqui em Campina decidiram por uma política de fome e morte”, frisou.
Nova assembleia geral será agendada ainda esta semana para definir as próximas atividades da campanha pela recomposição salarial dos servidores de Campina.
Enquanto isso, a direção do Sintab segue tentando diálogo com o prefeito Bruno Cunha Lima sobre todas as demandas dos efetivos da cidade.