Papa Leão XIV defende união entre homem e mulher como “base da sociedade”

Foi a primeira vez em que o norte-americano Robert Prevost falou sobre casamento desde que se tornou papa

Foto: Vatican News

Em um aceno à ala conservadora da Igreja Católica, o papa Leão XIV defendeu nesta sexta-feira (16) o casamento heterossexual como um “fundamento” da família em uma “sociedade harmoniosa e pacífica”.

“É responsabilidade dos governantes trabalhar para construir sociedades civis harmoniosas e pacíficas. Isso pode ser alcançado, acima de tudo, investindo na família, fundada na união estável entre um homem e uma mulher”, afirmou o novo pontífice em discurso durante um encontro com diplomatas do mundo todo no Vaticano.

No encontro, o novo pontífice também reafirmou a posição da Igreja Católica contra o aborto, mas defendeu a liberdade religiosa e o diálogo inter-religioso.

Foi a primeira vez em que o norte-americano Robert Prevost falou sobre casamento desde que se tornou papa. Antes, Prevost já havia feito declarações contra a união entre pessoas do mesmo sexo, que não foi mencionada no discurso desta sexta.

Embora o papa Francisco também tenha afirmado que a Igreja não poderia aceitar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, ele autorizou bênçãos a casais do mesmo sexo e fez declaraçoes mais receptivas à população LGBTQIA+.

Imigração

No encontro com diplomatas nesta sexta, Leão XIV também falou sobre a população imigrante.

Natural dos Estados Unidos e crítico do governo de Donald Trump antes de se tornar papa, Prevost disse no discurso desta manhã que a dignidade dos migrantes precisa ser respeitada.

“Todos nós, ao longo de nossas vidas, podemos nos encontrar saudáveis ​​ou doentes, empregados ou desempregados, vivendo em nossa terra natal ou em um país estrangeiro, mas nossa dignidade permanece sempre inalterada. É a dignidade de uma criatura querida e amada por Deus”, acrescentou.

A fala ocorre no momento em que o governo dos EUA, liderado por Trump, caça e expulsa imigrantes que vivem no país de forma irregular.

O papa, que nasceu em Chicago, mas viveu por muitos anos no Peru como missionário, afirmou ainda aos diplomatas que sua própria trajetória o levou a pedir compaixão e solidariedade para com aqueles que buscam uma vida melhor em outros países.

Guerra

No encontro, o papa condenou ainda o que chamou de “impulso destrutivo de conquista”, sem nomear nenhum país específico. Posteriormente, mencionou o Oriente Médio e a Ucrânia, afirmando que eram dois dos lugares onde as pessoas sofriam “mais gravemente”.

A Igreja, disse Leão, não hesitaria em usar “linguagem direta” quando necessário para dizer a verdade aos poderosos do mundo.

G1

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