Profissionais da saúde bucal denunciam casos de assédio moral e péssimas condições de trabalho em reunião com o Sintab

O objetivo do encontro foi uma oportunidade para esclarecer à categoria sobre seus direitos e traçar estratégias de organização de luta em defesa de melhores condições trabalhistas e salariais.

Foto: Ascom

Os profissionais da Saúde Bucal estiveram reunidos na tarde desta quarta-feira, dia 06, no Sintab, para dialogar com a direção do sindicato sobre pautas de interesse de categoria, após a chegada dos novos servidores concursados tomarem posse. O objetivo do encontro foi uma oportunidade para esclarecer à categoria sobre seus direitos e traçar estratégias de organização de luta em defesa de melhores condições trabalhistas e salariais.

Na ocasião, a diretoria do Sintab ficou a par das preocupações dos técnicos, auxiliares e cirurgiões-dentistas com as recentes mudanças que ocorreram na Coordenação de Saúde Bucal. “O novo coordenador Tony Santos não quer nos receber e fica sempre adiando nossos pedidos de encontro”, afirmou uma servidora. Outra dentista relatou situações que podem ser configuradas como assédio moral: “Estamos sendo abordadas no nosso ambiente de trabalho de modo incômodo e frequente, para ter que se justificar a todo momento”, disse ela.

Em relação às condições no ambiente de trabalho, as servidoras denunciaram que em algumas unidades de saúde faltam materiais de higiene pessoal. “Estamos tirando do próprio bolso para comprar papel higiênico, luvas, álcool em gel e a resposta da gestão é ‘se virem’”, criticou uma delas. Também alertaram ao Sintab sobre a decisão do STF, que na semana passada reconheceu como constitucional a Lei Federal que fixa base de cálculo de pisos salariais de médicos e dentistas, e já pode ser implementada no município.

Além disto, outro fator que pesa na categoria é a situação da segurança no trabalho. Servidoras relataram casos de UBSF que foram proibidas por organizações criminosas do local de reforçarem a segurança da unidade, como, por exemplo, a instalação de cercas elétricas. O que deixa a sensação de insegurança tomar conta do ambiente, especialmente no horário de saída, quando as servidoras ficam expostas à espera dos ônibus no retorno para casa.

Como encaminhamento às denúncias e problemas relatados, a diretoria do Sintab irá solicitar reunião com o Coordenador de Atenção Básica e Saúde Bucal da PMCG Tony Santos para esclarecer as ocorrências; irá acionar também o Ministério Público sobre as condições de trabalho nas UBSF; e enviará ofício à gestão informando sobre a decisão do STF que reconheceu como constitucional a Lei Federal 3.999/1961 que fixou o piso salarial e jornada de trabalho à categoria. Para mais informações, entre em contato pelo fone (83) 3341-3178 ou através das redes sociais do Sintab no Facebook e Instagram.

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