O empresário Artur Bolinha, ex-candidato a prefeito de Campina Grande, foi multado em R$ 30 mil pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A decisão foi tomada após a Corte considerar que ele utilizou, em um vídeo publicado nas redes sociais durante sua pré-campanha de 2024, um gesto de mão associado a grupos extremistas.
A representação foi feita pelo diretório municipal do PSOL, que argumentou que o gesto tem relação com simbologia ligada à supremacia branca, frequentemente utilizada por organizações que promovem o ódio racial. Segundo a Anti-Defamation League (ADL), entidade internacional que monitora grupos extremistas, o sinal está entre os símbolos de ódio mais recorrentes na atualidade.
A defesa de Bolinha afirmou que o gesto tinha como objetivo apenas representar o número 30, em referência ao número do partido. No entanto, o TSE rejeitou a justificativa. Para o relator do caso, ministro André Ramos Tavares, a ambiguidade do gesto é suficiente para levantar suspeitas sobre uma possível mensagem subliminar. Ele destacou que a liberdade de expressão não pode ser usada como escudo para a disseminação de mensagens racistas ou de ódio.
Além da multa, o tribunal encaminhou o caso à Procuradoria-Geral Eleitoral, que poderá avaliar a abertura de uma investigação criminal.