A bancada de oposição na Câmara Municipal de Campina Grande protocolou nesta quarta-feira (12) um novo pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar contratos de licitação ligados à Secretaria de Saúde do município.
De acordo com o vereador Anderson Pila (PSB), a proposta tem como foco apurar supostas irregularidades na contratação da empresa Lavamedi Pro Serviços, Consultoria e Atendimento Hospitalar LTDA, aberta em dezembro de 2024 e que, segundo dados do Sagres do TCE, já recebeu R$ 3,2 milhões da Prefeitura este ano pelos serviços prestados.
O pedido foi assinado por todos os vereadores da oposição ao prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil): Anderson Pila (PSB), Márcio Guedes (PSB), Waléria Assunção (PSB), Pimentel Filho (PSB) e Wellington Cobra (PSB); Aninha Cardoso (Reprublicanos), Valéria Aragão (Republicanos) e Tertuliano Maracajá (Republicanos); Jô Oliveira (PCdoB); Olímpio Oliveira (Podemos); e Rostand Paraíba (Progressistas).
Esta é a segunda CPI protocolada pela oposição em pouco mais de um mês. A anterior buscava investigar a crise na Saúde municipal, marcada por atrasos nos pagamentos de servidores e fornecedores, além de denúncias de desvio de recursos entre secretarias. A situação do setor vem sendo alvo de constantes reclamações da população e falta de respostas efetivas da gestão, o que tem gerado uma sequência de denúncias e desgaste político para o governo.
A nova CPI reforça o clima de tensão na Câmara e amplia a pressão sobre a Prefeitura, que ainda não se pronunciou sobre o novo pedido.
Parlamentares da base governista, por sua vez, classificam o movimento da oposição como uma “manobra política”, afirmando que o grupo tenta desviar o foco da tragédia ocorrida no último sábado (9), quando o rompimento de um reservatório da Cagepa causou destruição em bairros da cidade e deixou uma vítima fatal.
A crise na Saúde de Campina Grande, porém, continua sem respostas concretas, e a pressão por transparência e soluções segue crescendo dentro e fora da Câmara.