Megaoperação deixou 119 mortos, diz governo do RJ

O Ministério Público do Rio informou que acompanha o caso e deve apurar possíveis excessos

Foto: José Lucena/Thenews2/Agência O Globo

O governo do Rio de Janeiro confirmou nesta quarta-feira (29) que 119 pessoas morreram durante a megaoperação policial realizada em diversos pontos da Região Metropolitana, incluindo Complexo da Maré, Penha, e Baixada Fluminense. A ação, considerada a mais letal da história do estado, foi deflagrada para combater facções criminosas envolvidas em tráfico de drogas, roubo de cargas e domínio territorial de comunidades.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a operação contou com a participação das polícias Civil, Militar e Federal, além do apoio das Forças Armadas, que auxiliaram no cerco aéreo e logístico. A justificativa das autoridades é de que o objetivo era enfraquecer as principais lideranças criminosas que comandam o tráfico no Rio.

Imagens divulgadas nas redes sociais mostram helicópteros sobrevoando comunidades, blindados circulando pelas ruas e moradores em pânico. Entre as vítimas, há relatos de pessoas sem envolvimento com o crime, o que tem gerado forte reação de entidades de direitos humanos e da sociedade civil.

Organizações como a OAB-RJ e a Anistia Internacional pedem investigação independente e transparência nos números, destacando a gravidade da letalidade policial e os riscos enfrentados pela população civil.

Em coletiva, o governo do estado defendeu a ação, afirmando que se tratou de uma “resposta necessária contra o crime organizado”. Já especialistas em segurança pública alertam que o modelo de enfrentamento baseado em operações de alto impacto e violência extrema tende a agravar o ciclo de insegurança e desconfiança entre polícia e comunidade.

O Ministério Público do Rio informou que acompanha o caso e deve apurar possíveis excessos. A operação reacende o debate sobre a política de segurança no estado e a necessidade de estratégias que aliem combate ao crime com preservação da vida e dos direitos humanos.

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