O Hospital da FAP em Campina Grande, entrou na Justiça contra a Prefeitura Municipal cobrando cerca de R$ 10,6 milhões em repasses atrasados. Segundo a instituição, o valor inclui R$ 3,5 milhões em emendas parlamentares destinadas ao hospital e R$ 7,1 milhões referentes a serviços prestados ao Sistema Único de Saúde (SUS) que não foram pagos.
Em nota, a direção da FAP afirmou que a falta dos repasses está causando “danos imensuráveis e comprometendo a continuidade das atividades”, o que pode levar ao colapso de atendimentos de média e alta complexidade, especialmente na área oncológica. A instituição também acusa a gestão municipal de não comparecer a audiências convocadas pelo Ministério Público e de não cumprir acordos firmados.
A Prefeitura de Campina Grande contesta os valores cobrados. A Procuradoria-Geral do Município alega que parte da dívida estaria prescrita e que a FAP não apresentou documentação suficiente para comprovar a regularidade das cobranças. A gestão ainda defende que a previsão orçamentária de emendas parlamentares não garante automaticamente o repasse, sendo necessário o cumprimento de etapas legais e administrativas.
De acordo com a prefeitura, em 2024 foram repassados cerca de R$ 49,5 milhões ao hospital, e novos pagamentos estariam em fase de análise. A FAP, porém, sustenta que o volume de recursos ainda é insuficiente para manter os serviços em funcionamento regular.
A disputa reacende a preocupação com a rede de saúde pública de Campina Grande, já que o hospital atende milhares de pacientes da cidade e de municípios vizinhos. Caso a crise não seja solucionada, o impacto pode ser direto na vida da população que depende do SUS.





























