Entre projetos aprovados e não aprovados, tudo caminhava normalmente na sessão da CMCG, na manhã desta segunda-feira (23), na OAB_CG, quando chegou uma propositura de título de cidadão campinense para o prefeito de Cabedelo, Vitor Hugo (Avante).
Fazendo várias ponderações para não votar no projeto, o vereador Alexandre do Sindicato (UB) usou a justificativa que Vitor Hugo estava envolvido em investigações da Polícia Federal, sendo assim, não achava prudente, no momento conceder a homenagem ao político. “Não é interessante no momento conceder esse título a alguém nessa condição”, disse Alexandre.
O líder do governo da Casa, pastor Luciano Breno (Avante) e autor da propositura, não gostou de como o vereador se reportou a Vitor Hugo e pediu a fala. Citando o versículo bíblico (MT 7:1-5), praticamente chamou o colega de bancada de hipócrita. “Vou ler um texto bíblico porque tem colegas aqui que devem não conhecer a palavra”:
1 Não julgueis, para que não sejais julgados.
2 Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.
3 E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?
4 Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu?
5 Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.o é interessante no momento conceder esse título a alguém nessa condição”
Ao terminar a leitura, Luciano Breno ainda pontuou sobre polêmicas em que o vereador Alexandre estaria envolvido relacionadas à doação de um terreno votada pela Câmara em legislaturas anteriores e completa “quem tem telhado de vidro, não atira pedra em ninguém”.
A justificativa pelo pedido da honraria tem como ponto principal a construção, pela Prefeitura de Cabedelo, de uma réplica das estátuas dos Pioneiros (Índio, Catadora de Algodão e Tropeiro), que existem às margens do Açude Velho, em Campina.
O prefeito Vitor Hugo inaugurou a réplica no dia do aniversário de Campina Grande (11 de outubro de 2024). Ele argumentou que é grande a legião de campinenses que moram em Cabedelo ou que procuram a cidade no verão, fortalecendo a economia local.
Após o bate-boca, mesmo Alexandre se abstendo em votar, o título de cidadão campinense para Vitor Hugo, foi aprovado.