Conforme deliberado em assembleia realizada no último dia 01, os servidores municipais de Campina Grande iniciaram as atividades da Greve Geral na manhã desta segunda-feira, 06, com grande mobilização na frente do prédio da Administração Municipal, localizado na Avenida Floriano Peixoto, Centro da cidade. Sem reajuste da data-base há mais de quatro anos e enfrentando péssimas condições de trabalho, os efetivos exibiram fotos denunciando a precariedade das estruturas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Na abertura da manifestação, coordenada pelo Sintab, o presidente da instituição, Giovanni Freire, frisou que é culpa da gestão os trabalhadores estarem mais uma vez em greve. “Hoje, primeiro dia de Greve Geral em Campina Grande, greve já anunciada desde o final do mês de abril, já que a Prefeitura silencia com a pauta da data-base dos servidores que é lei e com todas as outras demandas reprimidas destes trabalhadores”, declarou.
O presidente enfatizou que não há ilegalidade no movimento grevista.
“Queríamos dizer nas ruas de Campina Grande que não há ilegalidade da greve. Pela primeira vez a decisão judicial diz que a greve é legal, portanto não aceitaremos corte de ponto, a greve é legal e está no documento já despachado pelo juiz, dizendo que o que deve ser mantido são os serviços essenciais de urgência e emergência, no quantitativo de 30%”, salientou.
Para o diretor de Política e Formação do Sintab, Franklyn Ikaz, a Prefeitura trata os servidores como criminosos.
“O prefeito em um ano e meio recebeu o sindicato duas vezes e as duas vezes para dizer não, agora a data-base ele simplesmente ignora e nesse exato momento ele sabe que nós estamos aqui, mas no lugar de vir aqui dialogar, envia a Guarda municipal como se os trabalhadores estivessem cometendo um crime”, pontuou.
Entre os servidores que participaram da manifestação também foram muitas as denúncias. O enfermeiro Evandro Júlio por exemplo, destacou que os anos se passam sem que nenhuma pauta seja resolvida pelo governo municipal.
“Entra governo e sai governo e o servidor de Campina Grande não é valorizado e nós estamos falando de direitos assegurados em lei, mas a lei não se cumpre em Campina, isso é um desrespeito aos trabalhadores”, reforçou.
Populares que passaram na frente da Administração também denunciaram o descaso da Prefeitura Municipal com o serviço público. Houve denúncias sobre falta de medicamentos para portadores de HIV e de pais que não estão conseguindo matricular seus filhos nas unidades escolares do município.
O movimento grevista segue firme e na próxima quarta-feira, 08, os servidores se concentram no prédio do gabinete do prefeito Bruno Cunha Lima, a partir das 9h30 e os efetivos esperam serem recebidos pelo gestor para dialogar sobre todas as pautas. Já na sexta-feira, 10, a mobilização será na frente da Vila Sítio São João, contando com trio elétrico e trio de forró.