A Câmara Municipal de Campina Grande aprovou, nesta terça-feira (30), a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026, que define como serão aplicados os recursos públicos do município no próximo ano. O orçamento aprovado projeta uma receita superior a R$ 2,44 bilhões, valor que representa um crescimento de 8,16% em relação a 2025.
O texto aprovado sinaliza uma mudança na distribuição das prioridades administrativas. Pela primeira vez nos últimos anos, a Secretaria de Educação passa a concentrar a maior parcela dos recursos municipais, ultrapassando a Saúde, que historicamente liderava o volume de investimentos.
Pastas com maiores dotações previstas
- Secretaria de Educação — R$ 654.168.000
- Fundo Municipal de Saúde — R$ 625.443.000
- Secretaria de Obras — R$ 223.260.000
- Secretaria de Finanças — R$ 183.210.000
- Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente — R$ 101.595.000
Votação apertada e clima de tensão
O momento mais tenso da sessão ocorreu durante a análise das emendas impositivas, proposta que obrigaria a Prefeitura a executar os recursos indicados pelos vereadores. A votação foi decidida por margem mínima, 12 votos contra 11, configurando o resultado mais apertado da sessão.
O desfecho só foi possível após o voto de desempate do presidente da Câmara, Saulo Germano, contrário à proposta. Com a rejeição das emendas, o Poder Executivo mantém maior autonomia para remanejar os recursos ao longo de 2026, enquanto vereadores da oposição criticaram a decisão, apontando redução do papel fiscalizador do Legislativo.
A aprovação da LOA encerra uma das etapas do calendário legislativo municipal e que na teoria estabelece os limites financeiros que irão orientar as ações da Prefeitura de Campina Grande no próximo ano.





























