Um espetáculo emocionante e inclusivo. Assim foi o 2º Natal da Inclusão – cantata natalina realizada pelo Centro de Atendimento ao Autista de Campina Grande (CAA-CG) e a Associação Campinense de Pais de Autistas (ACPA). O evento aconteceu, nessa segunda-feira (9), no Centro de Convenções do Hotel Garden.
A coordenadora estadual de Política Pública para a Pessoa com Deficiência, Emília Oliveira, destacou que as datas comemorativas servem para apresentar a evolução dos usuários do CAA. “O CAA é um serviço da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano. E esse evento é o resultado do trabalho que os profissionais vêm fazendo anualmente. A busca para que as crianças e adolescentes autistas estejam onde eles quiserem estar, seja no palco, ou em qualquer outro lugar, mas, como protagonistas”.
A coordenadora do CAA-CG, Roberta Figueiredo, da ACPA (entidade executora do convênio do CAA-CG), falou sobre a importância desse trabalho inclusivo.
“A gente sabe as dificuldades que as crianças com autismo têm. Então, só deles estarem em um ambiente desse, com muitos estímulos sonoros e visuais, junto com muitas pessoas, é muito relevante. Mostra o trabalho que foi feito durante todo o ano, porque uma criança muito comprometida não consegue estar nesse ambiente. Para muitas crianças esta é a primeira apresentação, pois nunca conseguiram estar nesse ambiente porque entravam em crise. Assim, a gente fica feliz por ver que o nosso trabalho faz com que elas consigam estar aqui. Porque o que a gente quer é que eles vivam uma vida como qualquer outra criança. É para isso que a gente inclui, é por isso que a gente luta”, frisou.
Lidiane Santos Amaral Ferreira e Vamberto Ferreira de Souza, pais de Raílson, de seis anos de idade, usuário do CAA de Campina há dois anos, estavam muito felizes com a participação do filho no evento pelo segundo ano. “A inclusão, viver no social com as pessoas é muito boa para ele. Ajuda no desenvolvimento”, afirmou a mãe.
Mayanna Cruz Marques, mãe de Laura, de 3 anos e que está no CAA há dois meses, comentou que a menina estava ansiosa para participar desde que viu as asinhas de anjo da roupinha da apresentação. “Dá vontade de chorar, sabe?”, comentou.
E, por falar em emoção, como fica então o coração de Kalyna Fernanda, mãe de Mariana, de 10 anos, que fez o papel de Maria na cantata? “Fico tão emocionada, com o coração transbordando de alegria… Pensando exatamente onde chegamos, porque quando era mais nova, ela não fazia nada! E o desenvolvimento que ela tem hoje é um sucesso!”, observou.
O CAA de Campina Grande atende atualmente 311 crianças e adolescentes com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), promovendo o respeito às diferenças e celebrando cada conquista, ao criar um ambiente inclusivo onde todos se sintam agregados e valorizados, incentivando o desenvolvimento pleno de cada indivíduo e fortalecendo a convivência.