Os motoristas de ônibus do transporte público de João Pessoa entraram em greve nesta segunda-feira (27). A categoria reivindica questões como aumento salarial e retorno do vale alimentação. Mesmo com a greve, 60% da frota de ônibus terá a circulação mantida.
De acordo com os sindicatos, a greve teve início por volta das 4h30, horário em que os ônibus começam a circular. A estimativa é que 100 mil passageiros sejam afetados direta e indiretamente pela paralisação das atividades dos motoristas.
De acordo com o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Passageiros e Cargas no Estado da Paraíba e do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de João Pessoa (Sintur-JP), representantes dos sindicatos estão presentes nas garagens dos ônibus urbanos da cidade durante todo o dia acompanhando as normativas. Cerca de 40% do efetivo dos motoristas paralisaram as atividades.
Seguindo uma decisão da Justiça, 60% da frota de ônibus deve circular durante a greve. A determinação destaca a necessidade de equilíbrio entre o direito de greve e o atendimento às necessidades da população, e fixa uma multa diária de R$ 10 mil, limitada a R$ 200 mil, caso a decisão seja descumprida pelas empresas de transporte.
O presidente do Sintur, Isaac Júnior, afirmou que a saída dos ônibus está sendo impedida nas garagens e que a categoria dos motoristas de ônibus está desrespeitando a decisão judicial.
“Com a greve já deflagrada pelo sindicato dos motoristas, 60% da frota de ônibus de João Pessoa, que equivale os 420, que é a nossa frota operacional, 252 ônibus deveriam estar circulando desde João Pessoa hoje. Infelizmente, no flagrante desespeito à determinação judicial, o sindicato dos motoristas bloqueou e obstruiu completamente as portas das garagens e impediu a saída dos ônibus. População de pessoas está absolutamente desassistida de transporte coletivo”, afirmou Isaac Júnior.
No entanto, o presidente do sindicato dos motoristas, Rone Nunes, afirmou que os motoristas estão nas garagens, mas se recusam a sair para trabalhar. “A categoria está revoltada”, declarou o presidente. Ele garantiu que os ônibus estão saindo, mas, aos poucos.
G1