Na prática, cerca de 150 pessoas estarão envolvidas no trabalho, que dispõe de uma equipe multidisciplinar composta por advogadas, psicólogas e assistentes sociais, além de 70 voluntários atuando diretamente na campanha para prestar todo apoio e orientação, caso haja mulheres vítimas de violência na festa junina.
Um ponto fixo será instalado no Parque do Povo, que servirá como local de apoio e proteção, segundo informou a coordenadora da Mulher em Campina Grande, Talita Lucena. A campanha também vai fazer a distribuição de material educativo, em três idiomas, para conscientizar sobre a importância de respeitar e curtir a festa de uma forma respeitosa.
A novidade deste ano será a Central de atendimento 180, que estará pela primeira vez com uma equipe no Parque do Povo como parceira da Coordenadoria da Mulher. O número estará disponível para atender chamadas e encaminhá-las para os profissionais que vão analisar as denúncias de assédio e oferecer o suporte necessário às vítimas.
A Guarda Municipal, através da Ronda da Mulher, também será uma inovação da Campanha. Toda equipe estará de prontidão nos mais de 30 dias de festa para fortalecer o trabalho. As denúncias de assédio, importunação sexual e outros tipos de agressão também poderão ser feitas através do whatsApp (83) 9 9307-8631.
A importunação sexual é um crime frequente em ambiente de festas. Entre as ações mais ‘comuns’ estão os beijos roubados, toques físicos não consentidos e as piadas vexatórias. Esse crime está previsto no artigo 215-A do Código Penal, com pena mínima de um ano e máxima de cinco anos de prisão.
As ações da campanha contra a importunação sexual e outros tipos de violência não se resumirão apenas ao Parque do Povo, serão estendidas para a rodoviária, aeroporto e outros espaços públicos.
“É importante frisar o apoio da primeira-dama de Campina Grande, Juliana Cunha Lima, que desde o primeiro ano da campanha nos garante todo o apoio como uma das idealizadoras, bem como, o olhar atento do prefeito Bruno Cunha Lima, que está sempre aberto para as pautas de proteção à mulher, já que temos diversos projetos, hoje em pratica, para proteger e prevenir a violência doméstica ou familiar”, concluiu Talita Lucena.