Após defender punição de militares em atos golpistas, Lula se reúne com ministro da Defesa e chefes das Forças Armadas

Foto: SERGIO LIMA / AFP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta sexta-feira (20) no Palácio do Planalto com o ministro da Defesa, José Múcio, e com os comandantes de Exército, Marinha e Aeronáutica.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, também participou do encontro.

A reunião foi fechada, sem acesso da imprensa. Pouco depois, o ministro José Múcio fez uma fala rápida aos jornalistas – e negou que os atos golpistas de 8 de janeiro tenham sido debatidos no encontro.

“[…] Foi para tratar dos investimentos da indústria de defesa. Se vocês perguntarem se tratamos do dia 8, não tratamos. Isso está com a Justiça. Tratamos com Josué [Gomes] e outros cinco empresários. Todos colocando soluções para a indústria”, declarou.

Apesar disso, questionado como ministro, Múcio disse:

  • – que o governo aguarda “comprovações” para que as providências sejam tomadas;
    • – que os militares estão cientes e concordam com a fala de Lula sobre punir envolvidos “de qualquer patente”;
  • – que entende que não houve envolvimento direto das Forças Armadas nos atos, embora possa ter havido a participação individual de militares;
  • – e que não há chances de outro ataque do mesmo tipo.

Foi a primeira reunião de Lula com o ministro e os chefes das Forças Armadas após o presidente defender a punição dos militares que participaram dos atos golpistas de 8 de janeiro, quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos três poderes.

“Todos que participaram do ato golpista serão punidos. Todos. Não importa a patente, não importa a força que ele participe”, disse o presidente na quarta-feira (18) em entrevista exclusiva à jornalista Natuza Nery, da GloboNews.

Lula esteve no dia seguinte aos atos terroristas com Múcio e com os comandantes das Forças Armadas, o general Júlio Cesar de Arruda (Exército), o almirante Marcos Sampaio Olsen (Marinha) e o brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno (Aeronáutica).

Ao final da semana, em café com jornalistas, reclamou da conivência de militares com a invasão do Palácio do Planalto.

Artigo anteriorLula se encontra com representantes dos trabalhadores
Próximo artigoMinistério da Saúde declara estado de emergência em terras Yanomamis

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui