Centenas de servidores da saúde compareceram nesta sexta-feira, dia 15, à Secretaria de Saúde para continuar a cobrança dos direitos trabalhistas da categoria. Pautas como o PCCR da Saúde e dos ACS/ACE, reajuste da Data-Base, a Lei Previne Brasil e melhorias das condições de trabalho continuam sem resposta por parte da nova gestão da pasta, que foi alvo de críticas dos servidores, exigindo mudança qualitativa no ambiente de trabalho.
Entretanto, o silêncio da Secretaria não está surtindo efeito em desmobilizar a categoria. Desde o ano passado, os servidores estão cada vez mais impacientes com a inação e as provocações da pasta com a categoria. O calendário de mobilizações continua na próxima semana, com Assembleia Extraordinária, na segunda-feira, dia 18, às 11 horas, após reunião com Gilney Porto, secretário de Saúde; enquanto na terça e quarta-feira, estão mantidas as paralisações com atos públicos na Secretária Municipal de Saúde, em horário a ser definido.
O presidente do Sintab Giovanni Freire criticou a entrevista que o atual secretário de saúde Gilney Porto deu à mídia local onde culpou os servidores pela dificuldade na marcação de exames e consultas médicas. “Repudiamos essa fala leviana. O sistema não funciona por responsabilidade da gestão”, disse Giovanni. “Esse povo que está aqui é quem luta em defesa da qualidade do serviço público. Se houver uma reforma numa unidade de saúde, é fruto desse movimento; se consertarem as cadeiras odontológicas, é fruto dessa movimento; se consertarem as geladeiras e termômetros, é fruto desse movimento”, concluiu.
Os servidores aproveitaram a oportunidade para denunciar as condições de trabalho a qual estão submetidos. Emocionada, uma servidora implorou para que o secretário “resolva o que está faltando na atenção básica! As pessoas estão morrendo”; Uma agente de saúde reclamou da ausência de gestão e relatou o ambiente na qual trabalha, onde faz 3 anos que o teto da dentista caiu e as cadeiras estão enferrujadas: “A intenção da gestão é mostrar na mídia uma Campina Grande que não existe”. A categoria reinvindicou a união entre todos e expôs a falta de material de trabalho, sem máscaras e sem fardamento novo. “O novo secretário deve procurar saber a realidade dos agentes de saúde. Estamos aqui para dar um diagnóstico preciso da qualidade do serviço prestado a sociedade campinense. Porque falta tudo!”
No ato, a diretoria do Sintab também rechaçou a tentativa de intimidação por parte da Sec. de Saúde ao localizar Guardas Municipais posicionados para fazer a segurança do local, coisa que nunca aconteceu antes. “É uma atitude covarde da gestão de colocar trabalhadores contra trabalhadores. Nós lutamos em defesa dos Guardas Municipais e que prestam um grande serviço a cidade. Se temos um adversário aqui é o governo municipal, que tem negado os direitos aos trabalhadores e saúde à população”, disse Franklyn Ikaz, diretor do Sintab. Para mais informações, entre em contato pelo fone (83) 3341-3178 ou por meio das redes sociais do Sintab no Facebook e Instagram.