Os servidores da Saúde de Campina Grande iniciaram nesta quarta-feira, 15, o calendário de paralisações semanais de dois dias, aprovado em assembleia no dia 30 de agosto, para cobrar os direitos, que, apesar das inúmeras tentativas de diálogo, continuam sendo negados. Hoje também aconteceu mobilização, na frente da Secretaria de Administração, para chamar atenção da população para o desprezo da gestão municipal com estes trabalhadores, que estão na linha de frente no combate à pandemia. Na próxima semana, as paralisações acontecem nos dias 20 e 21, com movimento na Praça da Bandeira, às 9h30, no dia 21.
Durante a manifestação desta quarta, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e Borborema (Sintab), Giovanni Freire, lembrou que os problemas são antigos e bastante conhecidos da gestão.
“Os servidores não têm valorização nenhuma, nem reconhecimento do prefeito da cidade diante de uma pandemia. Completamos quatro anos sem o reajuste da data-base, que é lei no município. As mobilizações acontecem há varias semanas, aqui, na Secretaria de Saúde, no Gabinete do prefeito, mas mesmo diante de todas estas tentativas, não houve nenhum encaminhamento da pauta da saúde”, completou.
Ele reforçou que os problemas dos servidores são também de toda a população. “Estes servidores continuam na linha de frente, salvando vidas, mas tiveram que tirar esses dois de paralisação para reivindicar os seus direitos e estamos aqui na rua para dizer ao povo de Campina Grande que o prefeito Bruno não valoriza o serviço público e o servidor público, e este é um problema de todos nós. Falta de tudo, falta medicação nas unidades básicas, consultório odontológico sem funcionar porque não há manutenção, salas de vacinas abandonadas, zero foi feito para resolver os problemas dos servidores e da população”, declarou.
A pauta reprimida dos servidores da Saúde inclui o descumprimento dos Planos de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) da Saúde e dos agentes de combate às endemias (ACE) e agentes comunitários de saúde (ACS); o reajuste da data-base e melhorias urgentes nas condições de trabalho destes servidores, que mesmo com as vidas em risco, mas sequer recebem equipamentos de proteção individual (EPIs) de maneira correta e suficiente.