Os servidores da Saúde de Campina Grande, ainda que cansados de serem constantemente desprezados pela gestão municipal, realizaram na manhã desta terça-feira, 21, mais um ato público, desta vez, na Praça da Bandeira. A mobilização integrou o calendário de paralisações semanais de dois dias, aprovado em assembleia da categoria, e que entrou na sua segunda semana consecutiva. Dando prosseguimento, os efetivos irão paralisar as atividades novamente, nos próximos dias 29 e 30 de setembro.
Conforme detalhou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e Borborema (Sintab), Giovanni Freire, no dia 29, acontecerá assembleia de avaliação, às 9h, no modelo híbrido, com transmissão online, diretamente do Clube do Sintab, e na quinta-feira, 30, manifestação na Praça da Bandeira, também às 9h, em conjunto com o ato contra a PEC 32. “Realizaremos a primeira assembleia presencial desde o início da pandemia, mas será no modelo híbrido, com capacidade máxima de 100 servidores no local, mediante apresentação de cartão com as duas doses da vacina contra o coronavírus e respeitando rigorosamente todas as regras de segurança sanitária”, detalhou.
Sobre a mobilização desta quarta, Giovanni reforçou que o objetivo foi mais uma vez protestar e destacar para a toda a população, a situação de abandono em que se encontram os servidores e consequentemente, o serviço público de saúde no município.
“Quem passa hoje no Centro de Campina Grande muito provavelmente já procurou os serviços de saúde e sabe das dificuldades. Condições que não são dadas e por isso estamos nas ruas, pedindo socorro para o sistema de saúde de Campina Grande. Os servidores estão como reféns desse processo, lutando também para que o povo consiga usar o serviço com dignidade”, frisou.
O presidente citou ainda outros direitos negados há anos. “São servidores que estão há mais de quatro anos sem reajuste salarial, desde 2011 que o Plano de Cargos da Saúde não é efetivado para muitos servidores, os agentes de saúde têm plano desde 2016 e também não têm suas progressões. O descaso da gestão municipal passa também pelo desrespeito e desvalorização de quem ainda está na linha de frente, doando suas vidas, porque a pandemia ainda não acabou”, evidenciou.
A luta dos servidores da Saúde em Campina Grande é antiga, com mobilizações acontecendo praticamente toda semana, desde o início do ano, além das inúmeras tentativas de diálogo com o governo municipal afim de solucionar os problemas. Entretanto, ainda que tenham acontecido algumas reuniões, nada foi, de fato, resolvido.