Os servidores da Saúde de Campina Grande protestaram pela quarta semana consecutiva contra o descaso da gestão para com as demandas da categoria. A mobilização desta quarta-feira, 11, aconteceu pela manhã, na frente do prédio do gabinete do prefeito Bruno Cunha Lima e foi coordenada mais uma vez pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e Borborema (Sintab).
Conforme já intensamente divulgado pelo Sintab, entre os direitos trabalhistas negados estão a Lei do Previne Brasil; o cumprimento dos Planos de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) da Saúde e dos agentes de combate às endemias (ACE) e agentes comunitários de saúde (ACS); o reajuste da data-base; os problemas na folha de pagamento; além de melhorias urgentes nas condições de trabalho destes servidores, que colocam as próprias vidas em risco para garantir atendimento à população, mas sequer recebem equipamentos de proteção individual (EPIs) de maneira correta e suficiente.
Como resposta à pressão dos servidores na defesa de seus direitos, o chefe de gabinete da Prefeitura, Gilbran Asfora, recebeu uma comissão formada por alguns diretores do Sintab e servidores representando todas as áreas da saúde. Como encaminhamento, ficou o compromisso, por parte do representante do prefeito, de detalhar ao gestor todas as demandas e apresentar respostas em nova reunião, já agendada para a próxima quarta-feira, 18.
Na oportunidade, os servidores mais uma vez se concentrarão na frente do prédio do gabinete, para acompanhar os resultados da nova reunião.
“Não pode cobrar deveres quem não cumpre direitos, os servidores têm prestado um serviço de excelência à população, portanto merecem respeito e valorização. O que foi sugerido de encaminhamento é que as comissões dos Planos de Cargos sejam criadas imediatamente; reforçar um documento com a pauta completa e na próxima semana estaremos todos aqui concentrados e o chefe de gabinete ficou de nos receber já com posicionamento do prefeito Bruno Cunha Lima”, detalhou o diretor de Comunicação do sindicato, Napoleão Maracajá.
O diretor de Formação Sindical, Franklyn Ikaz, lembrou que o sindicato tenta dialogar com o prefeito desde o início da gestão.
“Se a gente não estivesse aqui certamente não seríamos recebidos, certamente seria mais um ofício arquivado, já encaminhamos em sete meses dezenas de ofícios e o prefeito não recebeu e é preciso dialogar com quem foi eleito e tem a responsabilidade de resolver os problemas”, destacou.
Durante a reunião os servidores presentes também demonstrara o descontamento com o descaso da gestão, caso do agente de combate às endemias (ACE) Mayron Alves Soares.
“Não estamos aqui buscando apenas recursos, mas as condições. A a qualidade do serviço para a sociedade depende disso. O tipo de máscara que estamos recebendo não protege, as progressões estão congeladas, como é que se motiva um servidor nestas condições a prestar o melhor serviço para a população de Campina Grande?”, questionou.