Bolsonaro diz não ter provas sobre fraude nas eleições, apenas indícios

Bolsonaro defendeu a implementação de um voto auditável a partir do ano que vem, por afirmar que a urna eletrônica, por si só, não é segura o suficiente para registrar os votos.

Foto: Reprodução

O  presidente Jair Bolsonaro promoveu uma cerimônia, na noite desta quinta-feira (29), na qual prometeu apresentar as provas de que as eleições de 2018 foram fraudadas. Contudo, durante o evento, ele comentou que “não tem como se comprovar que as eleições não foram ou foram fraudadas”.


O presidente afirmou, apenas, ter “vários indícios de irregularidades”. “O crime só se desvenda com vários indícios, e eu vou apresentar vários aqui”, comentou Bolsonaro.


Durante o evento, o presidente mostrou vídeos publicados na internet de eleitores reclamando que a urna não registrava corretamente os votos e também de um desenvolvedor de sistemas simulando uma urna eletrônica virtual, na qual ele programava o aparelho para fraudar votos a favor de um candidato fictício.
Também foram apresentadas reportagens jornalísticas de 2008 e 2012 sobre denúncias de irregularidade nas eleições municipais de Caxias (RS).


Voto auditável

Bolsonaro defendeu a implementação de um voto auditável a partir do ano que vem, por afirmar que a urna eletrônica, por si só, não é segura o suficiente para registrar os votos. “Os que me acusam de não apresentar provas, eu devolvo a acusação. Apresente provas de que não é fraudável”, rebateu Bolsonaro.
Ele criticou quem é contra a implementação de um sistema externo à urna eletrônica para que os eleitores possam conferir se a urna registrou o seu voto corretamente. E dirigiu-se, em especial, ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso.


“Por que ele teme tanto o voto democrático? Por que não quer eleições democráticas? Por que não quer que possamos contar fisicamente? Mentem, senhor Barroso, quem diz que é retrocesso, que é a volta do voto em papel. É fake news. O senhor deveria ser o primeiro a ter humildade, a falar em democracia, em transparência”, reclamou.

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